domingo, 25 de julho de 2010

Coração forte.




Todos os dias o meu corpo estremece. Não tem uma hora certa para isso. Ocorre naturalmente.
Um fio de esperança passa pelo meu coração e mantém os seus batimentos constantes.
Tenho esperança de que a felicidade ainda se vai afeiçoar a mim e não me vai largar até o meu último suspiro.
Tenho cometido tantos erros... Pior: tenho plena consciência que os cometo a toda a hora. "Faz-me tão mal..." penso eu. Mas o que era a vida sem erros? Era perfeita. Que piada ia ter? Nunca haveria ninguém preocupado, nem ninguém que nos gritasse aos ouvidos chamando a atenção.
A perfeição não existe, por isso podem deixar de a procurar.
Esse é outro erro das pessoas. Procurar a perfeição.
ESQUEÇAM. Que tal seguirem os vossos sentimentos? Às vezes o nosso coração toma melhores decisões do que a cabeça.
Isso chega-me. Ouvir o meu próprio coração. Acabar com a dor que existe dentro do meu peito. Ele manda nos meus sentimentos. Não o contrario nunca. Ele manda.

O meu coração é forte. Vivo por ele.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Rasgar sorrisos


Cada minuto e cada segundo parece-me interminável.
A dor parece que aumenta a cada movimento meu. Gostava de ter a capacidade de olhar para o meu tecto e nao pensar em nada. Nao consigo. E quando quero pensar menos em certas coisas é quando elas aparecem mais depressa na minha mente.
Hoje consigo olhar para a minha imagem e ter pena. Nao devia, nao se deve ter pena de nos proprios. Mas eu tenho... E depois penso "tu es estupida de certeza. Já passaste por isto!"
Nao preciso de ninguem! Claro que preciso dos meus amigos, no fundo o meu sorriso rasga-se na minha face totalmente graças a eles! Mas aquelas ajudas como médicos, psicologos, psiquiatras... Para quê?
Vou viver os proximos (longos) tempos a sofrer! E quero sofrer. Ja aconteceu uma vez. Sofri, mas nao pedi ajuda. Sofri sozinha, os meus pensamentos torturavam-me! Claro que chorei! Chorei tanto que me chegavam a doer os olhos e todos os musculos da cara. Ultrapassei ! SOZINHA! Eu sei que consigo! Basta perder a esperança no impossível.
É assim que eu sou realmente. Uma pessoa aparentemente fraca. Sobrevivo a mim própria! À minha própria tortura! Não é de louvar?
Vivo todos os dias ansiando aquele que virá a ser o dia do meu renascimento.
Depois de ultrapassar mais ninguém me verá chorar.
Sorrir a toda a hora. Por tudo e por nada. Com as pessoas mais importantes a meu lado.

Viver, é assim que quero viver. Lutando por mim própria.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Não tem cura


Acabei uma luta intensa. Melhor, desisti de lutar. De que vale lutar quando sabemos que há uma enorme probabilidade de não ganhar a batalha?
A qualquer altura olhar-me-ia ao espelho e veria apenas uma pessoa doente, a sofrer por dentro, com uma vontade de gritar até rebentar as cordas vocais... Para quê?
Tanto drama, tantas pessoas a tentar ajudar todos os dias, a toda a hora, com mensagens, telefonemas, saidas... cansam-se tanto de tentar... é outra luta perdida..
Um amor verdadeiro não termina nunca. Se ficar escondido num cantinho do coração...
Não desistir também implica sofrer mais. Leva-nos a criar esperanças as quais nunca temos certezas se valerão a pena...

Peço por favor, uma solução. Nunca vai aparecer nenhuma... Não há cura.

Amor de uma vida.


Duas crianças conhecem-se certo dia.

Um menino de cabelos claros desgrenhados, olhos cor de avelã, puro de coração, sofrido mas guardando a escuridão para si.

Uma menina de cabelos de mil caracois e olhos castanhos, que já sofreu por problemas diversos.

Ele via-a passar. Era um sonho que, para ele, nunca se iria concretizar. A perfeição aos seus olhos, inalcansavel.

No entanto ela já tinha reparado nele. Achava-lhe graça pelo seu ar tão inocente, tão puro.

Não demorou até se falarem, até trocarem uma palavras, até se tornarem óptimos amigos.

Era tudo tão confuso para os dois. Mas seguiram os seus corações e então aquilo que até então era pura ilusão, aconteceu.

Um pequeno beijo, os seus labios encostaram-se e o mundo desapareceu. Estavam numa nuvem branca, num silêncio perfeito que os deixava a flutuar. Pensaram "que este momento não termine nunca mais".

Que vida tão linda, tão imperfeita (como tudo neste mundo horrivel).


(...)


Hoje a menina está sozinha. Sofre de novo. E sonho que o menino que conhecera outrora apareça novamente, e que fique para sempre.

Cada lágrima salgada que lhe cai pelo rosco, fere-a um pouco mais no coração.

Esteve com ele entretanto. E ele disse "eu amo-te". Valeu a pena?


O verdadeiro amor algum dia acaba?