quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Emoções Fortes. Loucos.


Um dia cinzento em que a tarde é já negra as 18h, uma luz acende-se à esquerda dela. Uma porta abre-se e vê uma mão estendida na sua direcção. -"Vem". Ela estende a mão e pousa-a sobre a dele e entra naquela casa antiga mas acolhedora. Conduziu-a pela escadaria acima, um lanço de poucas escadas mas que lhe pareceu (a ela) interminável.
Chegados ao cimo viram à direita e mais um lanço de escadas os chamava. Subiram apenas com um leve sorriso na face. Não podiam fazer muito ruído; estava gente em casa a descansar nos seus aposentos.
Foram directos até ao quarto dele. Ouvia-se a chuva bater na vidraça e aquilo que iluminava ao de leve o quarto eram apenas as luzes fracas da rua.
O frio congelava as suas mãos, o nariz, os pés. À direita estavam amontoados uns cobertores que aparentavam ser bem quentes. Mas antes que ela se lembrasse de caminhar até eles ouviu a porta trancar-se e de repente sintiu os braços dele rodea-la carinhosamente e um beijo quente e doce no pescoço deixou-a arrepiada.
Vão os dois direitos à cama, organizam uns cobertores sem muitos rodeios e deitam-se, vestidos, por baixo deles. Ficam abraçados um bom pedaço na tentativa bem sucedida de se aquecerem e acabar com a tortura que é sentir o corpo gelado.
Depois deste pedaço de conversa e carícias os seus olhos cerraram-se e tentaram cair num sono profundo... que não aconteceu.
Quase não lhe via os traços do rosto, mas ela conduziu os seus lábios até os dele e ele percebeu que não conseguia dormir. Sem hesitar beija-a também. Ele interrompe o beijo. -"Já sei o que queres". Ambos sorriem e voltam a entregar-se às carícias. Pouco depois já nem sabiam o que era ter frio.
(...)
Sem qualquer pormenos, o Amor realiza-se pura e simplesmente em toda a sua beleza.
Emoções fortes, uma vida no seu esplendor.
Aquilo que por vezes parece Loucura, é apenas Amor.